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sábado, 9 de dezembro de 2017

O ORIENTADOR EDUCACIONAL E AS DIFICULDADES DE SUAS FUNÇÕES


O ORIENTADOR EDUCACIONAL E AS DIFICULDADES DE SUAS FUNÇÕES





As dificuldades de aprendizagem causam um problema muito sério ao sistema educacional e as suas aquisições. Neste quadro de perdas, desinteresse e abandono é que o orientador educacional terá de atuar. Como função precípua, terá de resgatar diversos alunos de condições amplamente desfavoráveis, onde encontram-se prestes a abandonarem a escola ou começam a apresentar uma certa agressividade com colegas e educadores. Esta situação poderá avançar de forma concreta para as muitas atitudes com as quais vemos em nossos dias, onde alunos tornam-se agressivos no ambiente escolar. Estes problemas de comportamento desaguam, quase sempre em anos e anos de repetência, atrasos consideráveis na aprendizagem escolar, quando não os levam a abandonarem seus estudos. Cabe ao orientador educacional, a busca de soluções imediatas e ou definitivas para estes educandos, seus dilemas e dificuldades. Este deve articular-se de forma coerente com os demais profissionais escolares, tendo em vista sempre o resgate dos educandos com dificuldades.



Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Educação.





Abstract
Learning difficulties pose a very serious problem to the education system and its acquisitions. Within this framework of losses, disinterest, abandonment that the educational advisor will have to act. As a primary function, you will have to rescue several students from widely unfavorable conditions, where they are about to leave school or begin to show a certain aggression with colleagues and educators. This situation can advance concretely to the many attitudes we see in our day, where students become aggressive against their educators and other colleagues. These behavioral problems often lead to considerable delays in school learning, often in years and years of repetition, when they do not lead them to drop out of school. It is up to the educational supervisor, the search for immediate and definitive solutions for these students, their dilemmas and difficulties. This should be coherent with other school professionals, always aiming at the rescue of students with difficulties.



Keywords: Difficulties. Learning. Education.





Sumário

Introdução
1 - O Orientador Educacional e as Dificuldades de suas Funções Perspectivas e atualidades
2 - Características do Fazer Profissional de cada Orientador na Realidade Escolar - O Contexto de sua Atuação
Considerações Finais
Referências Bibliográficas



















INTRODUÇÃO

As dificuldades de aprendizagem têm levado muitas e sérias dificuldades para a aquisição escolar de nossos alunos. Estas podem ocasionar a perda do interesse pelo espaço escolar, suas funções e aquisições. Mas, temos de ver que estas dificuldades precisam ser melhor entendidas, para após terem soluções viáveis. No espaço escolar e principalmente das salas de aula, cada profissional, cada educando sofre com diversos problemas, estes podem e são advindos de uma série enorme de transtornos, que em grande parte ocorrem fora das escolas e de sua organização, mesmo após muitos estudos e discussões, ainda não temos situado de forma cabal todos estes problemas como sendo um fato social e da sociedade, não somente da escola e de suas funções organizacionais. Neste aspecto cada problema com que o orientador tenha de trabalhar, não pode ser entendido somente como um fato do educando que “negligencie” seus estudos, mas como uma visão do todo, de como estamos mostrando a importância escolar e de suas aquisições, como os profissionais da escola veem e enfrentem dilemas e dificuldades, para que assim entendido, possa atuar de forma ajustada e eficaz no auxílio aos que enfrentem estas carências e dificuldades. Sendo o orientador educacional o responsável por este processo como um todo.
















1 - O Orientador Educacional e as Dificuldades de suas Funções -  Perspectivas e atualidades

Crer em uma visão romântica sem a noção da realidade a ser enfrentada, é algo com que um profissional não deve levar para sua vida profissional, mas se informar da realidade, mostrará a terrível dicotomia enfrentada por todos os profissionais da educação, principalmente da educação pública, onde o básico não é fornecido, onde todos os recursos investidos nunca são na proporção necessária, tendo estes profissionais de conviverem  com realidades completamente opostas às que aprendeu nas salas de formação acadêmica. Está realidade do ensino público e de uma forma mais generalizada da educação brasileira, tem afastado os profissionais das salas de aula, bastando para isto observarmos as diversas pesquisas que elucidam este assunto, dando-nos a clara noção de que a docência não possuí mais o interesse dos formandos ao ingressarem na sua vida profissional.
Está situação se mantém por diversos anos, ocasionando a defasagem gradativa, generalizada e persistente ao longo das quatro últimas décadas. Os formandos da educação procuraram migrar para o ensino superior ou outros setores da educação, como os diversos cursos preparatórios. Isto ocorre basicamente devido ao fato de que o ensino, que já vinha perdendo espaço e importância desde os anos setenta, em muitas áreas do ensino, como as de exatas, tornou-se sem atratividade suficiente para empolgar qualquer um formando a enfrentar as péssimas condições oferecidas, a violência contra os docentes, esta sim, nas duas últimas décadas, só fez aumentar. Ocasionando agressão e abandono de docentes das salas de aulas.
Principalmente após a década de dois mil, torna-se uma notícia quase corriqueira a violência contra professores de todo Brasil, muito disto devido à ausência de punições de jovens e adolescentes que já vivem expostos a violência em suas comunidades. Este fato em si mesmo, começa com a promulgação da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Que garantiu e tirou as nossas crianças e adolescentes do estado de vulnerabilidade existente anteriormente, no entanto, ao não ter espaços de recuperação infanto-juvenil e punições de atos ilícitos destes jovens, causa a sensação de impunidade e a noção destes de que nada lhes ocorrerá. Por exemplo, um jovem que com muitas dificuldades seja condenado por um ato delituoso, é levado para uma determinada instituição, longe de onde vive, passa a conviver com outros delinquentes graves, muitos tantos já com uma vida de criminalidade maior que muitos criminosos já adultos, logo, este jovem enfrenta uma situação de “aprendizado” voltado ao crime.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) quando de sua promulgação no início dos anos noventa, criou muitas expectativas, sim boas esperanças que revertessem as condições de vida de nossos jovens e crianças. Na Cidade do Rio de Janeiro, o que nunca se via com frequência toma um rumo que viria a se tornar a realidade na vida de muitos jovens e adolescentes, a vida no tráfico. Estes começaram a ser colocados na linha de frente, como fogueteiros (responsáveis por avisarem a presença de policiais nos arredores destas comunidades), manusearem aparelhos de radiofrequência, dentre outras funções dentro das quadrilhas. Na verdade, era questão de tempo até que começasse estes jovens a serem eles os gerentes gerais destas mesmas quadrilhas. Pois bem, estas situações desaguaram todas, quase de forma abrupta dentro das escolas. Sem sombra de dúvidas não haviam profissionais preparados para o enfrentamento de tais questões dentro das escolas, talvez nem mesmo aja nunca, pois estas são atitudes criminosas, que deveriam ser tratadas com maior seriedade no próprio estatuto ou ter outras abordagens pelos órgãos de proteção destes. Não bastassem estes fatos relativos a criminalidade das comunidades do entorno das escolas, ainda passamos ao longo das três últimas décadas por uma enorme desarticulação familiar. Esta desarticulação causa diversos transtornos na vida de crianças e adolescentes, quando não inviabilizam seu ensino-aprendizagem.

Estudos apresentam a família e a escola como importantes contextos de desenvolvimento humano para a criança e cuja aproximação pode favorecer o desenvolvimento do aluno. A literatura aponta a necessidade de mais investigação das bases da relação família-escola, para entender os fatores que funcionam como barreiras ou promotores da aproximação e da parceria entre os dois segmentos, uma vez que estes ainda não estão suficientemente estabelecidos. Silva, D. N. (2014).

Esta desarticulação familiar junto com as questões financeiras, proporcionam uma desagregação de crianças e jovens na aquisição da aprendizagem. Quando não tornam o ensino inviável causam imensas dificuldades, estas dificuldades ocasionam contratempos para professores, que enfrentam maior resistência por parte de seus alunos, ocasionado ao longo do tempo de escolarização
O orientador educacional terá obrigatoriamente de lidar com todas estas questões, pois, todas estas são encontradas no ambiente escolar e são de difícil solução, por estarem de forma bem enraizadas no âmbito das camadas mais baixas de nossa sociedade, onde as condições do meio, condicionam os indivíduos a elas expostos aos fatores condicionantes que entre eles são disseminados. Tais como: gêneros musicais, modos de falar, comportamentos, dentre muitos outros fatores que os diferenciam e fazem-nos ser identificados como pertencentes a estes grupos sociais. No entanto, estas comunidades sofrem muito mais influências dos fatores de transgressão. Tais como a criminalidade existente em meio as comunidades carentes espalhadas pelo Brasil.
O orientador educacional precisará mostrar condições de lidar com todas estas adversidades, pois se olharmos para as suas atribuições são exatamente estas, precisando, portanto, articular estratégias capazes de vencer cada um dos obstáculos ali encontrados. Sua função é de vital importância para o processo de aprendizagem destes jovens, pois ao conseguir debelar os traumas, as dificuldades existentes em cada processo enfrentado, estará o orientador contribuindo de forma efetiva e concreta com a aprendizagem destes educandos.
Mas, sua função vai além de somente o entendimento das situações problema de cada um dos alunos por ele atendidos, ela perpassa por cada uma das ações articuladas de educadores e funcionários da escola, o conviver destes alunos no ambiente escolar, mas não somente ali, também precisará ter um entendimento das dinâmicas aplicadas e vividas por estes em suas famílias e comunidades, quais as carências reais de cada processo de aprendizagem, os porquês destes existirem, para a partir deste momento ser efetivo em sua atuação com cada caso atendido.
O ambiente escolar e composto por dinâmicas e processos com os quais, sem o devido entendimento, acarretará um aprendizado deficitário. Vindo a longo prazo criar dificuldades com as quais estes educandos poderão não estar aptos a enfrentar, vindo deste fato as dificuldades de aprendizagem. Precisamos entender, no entanto o que é um déficit, um transtorno de aprendizagem e uma dificuldade simples ou até mesmo complexa.
Um déficit de aprendizagem, pode ou não estar ligado a um determinado transtorno de aprendizagem. Em sua maioria se associa aos processos vividos com as dificuldades em adquirir a aprendizagem em si. Neste caso não tem uma contrapartida em questões orgânico/físicas, mas as dificuldades enfrentadas ao longo dos processos de aprendizagem. São questões como a separação dos pais biológicos, a perda de um ente querido, dentre outros fatores determinantes para estas dificuldades, estas ao se instalarem geram o desinteresse que começa a acarretar todos gatilhos que levaram estes a certos processos de inviabilidades temporárias. Estes em sua maioria, são reversíveis, bastando para isto a colaboração dos próprios envolvidos na busca das soluções devidas.
Já no caso dos transtornos de aprendizagens, é comum encontrarmos estes associados aos fatores orgânicos/físicos e externos, como é caso de transtornos dissociativos (pessoas que possuam problemas psicossociais, TOC – Transtorno obsessivo Compulsivo, déficits e aprendizagens, dentre outros), estes ao conviverem com os demais alunos, podem sofrer Bulling, que potencializará significativamente os problemas por estes jovens vividos.
Além destes, poderíamos citar muitos outros com os quais associados ou não, são geradores potentes de diversos problemas de aprendizagens. No entanto, não é este o foco desta pesquisa bibliográfica, mas o entender das dificuldades da atuação do orientador educacional nas escolas e junto aos seus atendidos.
Sua atuação por diversos motivos não é fácil, mas de vital importância que é, precisará ser efetiva, para que o processo de aprendizagem seja efetivo e capaz de transformar cada um em cidadãos aptos aos progressos destas sociedades. O processo de orientação deve visar a mudança dos paradigmas e dilemas enfrentados por educandos, não somente nas salas de aula, mas ir muito além, nas suas vidas sociais e futuramente no trabalho.
No passado, na verdade as questões que enviam os processos de orientação educacional escolar, estavam atrelados somente as aptidões individuais ao trabalho. Hoje estas características são mais abrangentes, envolvem a formação cidadã, o desenvolvimento de aptidões e capacidades técnicas ou não dentro dos processos sociais vividos por estes alunos.


2 – Características do Fazer Profissional de cada Orientador na Realidade Escolar

Estas características da orientação educacional na atualidade, suas inserções teóricas, levam a atuação dos orientadores educacionais, para bem mais além das questões que envolvem os processos de produção técnica, abrangem uma visão holística, transformadoras das realidades sociais por estes vividas em suas comunidades, portanto, já garantem uma complexidade muito acima do que se possa imaginar em um momento de início de trabalho escolar dos orientadores educacionais em suas unidades escolares.
Nestes processos também será preciso entender as dinâmicas que evolvam o processo de relacionamento professor/aluno em salas de aula, sem os quais poderá o orientador educacional incorrer em erros de direcionamento do seu campo de visão dos processos ali envolvidos. Uma sala de aula é um espaço muitas vezes complexo demais, tendo de se entender as dinâmicas ali envolvidas, como estes relacionamentos acontecem, de forma aberta, onde todos possuam seus limites e os respeitem, se estes limites são impositivos, sem a devida liberdade para os discutir, se em ambos casos existem mecanismo de coerção capazes de limitarem atitudes indevidas, ou até mesmo, se não há o devido respeito, este sim podendo existir de ambas as partes.

A Orientação Educacional vê o aluno como um ser global, que precisa se desenvolver em um meio harmonioso e equilibrado, tanto no aspecto intelectual quanto físico, moral, estético, intelectual, educacional e vocacional.  Conceição (2010) expõe claramente qual a função do orientador na escola e qual a sua contribuição para o ensino: O orientador educacional deve adotar a prática de agente de informação qualificada e estar preparado para as relações interpessoais dentro da escola, aderindo a prática da reflexão permanente com professores, alunos e pais, com o fundamento de que todos, juntos, alcancem soluções para os problemas que virão a ocorrer.

Hoje as dinâmicas de vivência nas escolas, perpassam condições desfavoráveis em todos os sentidos. É neste ínterim que o orientador educacional precisará atuar primeiramente, para após suas observações feitas, ter as devidas condições de entendimento de como atuar e agir. Sabendo que tanto com professores, quanto com os alunos, não terá muitas facilidades. Com os professores, devido ao descaso em que são obrigados a atuarem, com imposições e desrespeito a sua atuação, estes apresentarão certa rejeição, ou interpretarão indevidamente a atuação do orientador, o que acarretará com a sua não colaboração. No caso dos alunos, por em muitos casos já terem ultrapassado os limites do bom senso, da lógica e da realidade, onde muitos já sofreram ou sofrem, situações com as quais não aceitem, que já estejam expostos aos fatores degenerativos sociais da violência urbana, não encararam como sendo algo aceitável e útil a si mesmo.
Portanto, suas dificuldades podem já serem mostradas de cara, no início da sua jornada. Estas dificuldades fazem parte do sistema educacional brasileiro. Condições físicas, conservação das estruturas, as condições gerais, tanto de profissionais como de educandos não são nem de longe as ideais, ocasionando em muitos casos uma sobre carga indevida destes em relação as suas funções de trabalho, são as condições oferecidas aos estudantes, onde em muitos casos ainda persistem casos de pessoas pobres que não possuem condições de comprarem para o estudo de seus filhos micro computadores, tablets, livros, dicionários, etc... mas, estas ferramentas deveriam ser fornecidas de forma conveniente nas escolas? Sim. Mas infelizmente na maioria não o é. Temos de mostrar através de exemplos estas condições que sustentam ainda, as dificuldades de alunos de escolas públicas. Se o professor, por exemplo, pedir um trabalho de pesquisa na internet, este educando terá imensa dificuldade, pois, na maior parte das escolas existem computadores, em outras tantas interligados aos computadores, mas o que causa estranheza é, estes quando estão disponíveis aos estudantes, o são de forma parcial, não assistida, ocasionando sérias distorções. Estas pesquisas pedidas, dificilmente serão cumpridas no ambiente escolar, pois os obstáculos e exigências das secretarias escolares são quase intransponíveis, levando aos serviços prestados por pessoas externas ou lojas especializadas em serviços de informática. O que limita e muito as questões de aprendizagens envolvidas.
São estas as principais, dentre muitas outras, questões que ocasionam sérias distorções na aquisição de conhecimentos. Estes acabam por inserirem questões de distorções e falta de interesse pelos estudos e pesquisas. Tornam menos atrativo as ações das salas de aula junto há um público que já faz uso destes meios, ou nos casos extremos que não possuem meios para a realização destas pesquisas fora da escola. Estes fatos não podem e não são facilmente resolvidos pelos orientadores educacionais. Outras questões que envolvem a atuação dos orientadores educacionais na esfera escolar, são as muitas limitações impostas pelos sistemas educacionais existentes. Vamos a estes fatos em si mesmo. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), promulgada em 1996. Ao afirmar e trazer uma série de benefícios que amenizaram as distorções salariais de professores do primeiro segmento da educação brasileira, deveria corrigir uma das faces mais injustas dos sistemas educacionais, o salário dos professores.
Cabe ressaltar que, estes ainda não ganham o que a LDB afirma ser o ideal. Então de onde vem os fatos que trazem estas distorções? Dos Municípios. As verbas do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação), chegam e as prefeituras não os repassam de forma justa entre os seus educadores, uma série de direitos lhes são suprimidos, tipo: um professor que tenha de pagar passagens, não o fará através do que na iniciativa privada é obrigatório, o vale transporte. Portanto, tudo isto posto, juntamente com certas direções escolares que agem e forma a parecerem donas das escolas, acabam por tornar a ação docente nestas unidades escolares, um relacionamento hierárquico não igualitário, baseado em condições de subornação absurda. Além disto, os próprios sistemas educacionais municipais, seus estatutos e orientações acabam por envolverem todos em situações que chegam ao insustentável, por isso tudo a carreira docente é ano após ano a que mais perde profissionais de seus quadros.
Na verdade a educação como um todo, para todos os seus profissionais, não oferece condições atraentes, que façam jus a uma real dignificação do magistério. Cabe ressaltar que as questões salariais ainda são um degrau de difícil acesso aos educadores, que em grande parte dos Municípios nem o salário estipulado como sendo o básico para os docentes é pago. O salário que o Governo Federal estipulou como base legal para o magistério, para os professores do 1º segmento da educação básica, hoje é de R$1.950,00 vindo como complemento verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Está é uma verba que é complementada pelo Governo Federal para este salário ser o mais próximo ao que o governo brasileiro estipulou ser um patamar que dignificasse o magistério, no entanto o que vemos acontecer é exatamente o oposto, pois em muitas Prefeituras de pequeno ou de médio porte, os docentes do primeiro segmento ganham entre 900 e 1100 Reais. Estes fatos em si descaracterizam uma real retomada da valorização docente, pois obriga estes profissionais a trabalharem em diversos horários, arcarem com custos para uma melhor formação, isto sem falar que o poder público, a pretexto de dar estabilidade, se exime de cumprir diversos direitos legais como o vale transporte.


3 – O Contexto de sua Atuação

Os orientadores educacionais no contexto escolar, enfrentam grandes dificuldades no cumprimento de suas funções. Quando o sistema não lhes oferece as condições de trabalho adequadas, suas funções são imensamente prejudicadas. Os resultados, até podem vir, com grandes dificuldades, mas estes não serão os mesmos, ocorrerão de forma inconstante ou parcial, o que não é esperado, pois o que se tem por objetivo e a sua total debelação das classes escolares e da vida destes educandos. Para tanto, precisará de se valer de todas as ferramentas teórico/práticas a que possa dispor dentro de sua esfera de atuação.
Os maiores problemas a que passam os orientadores educacionais no cumprimento de suas funções poderiam ser enumerados de várias formas, dependendo do ponto de vista em que se olhe. Mas, aqui vamos nos ater aos que possa ou enfrente dentro de suas instituições educacionais. Pois estes, podem compor um grande mosaico de situações prováveis. É ali que entenderá os anseios das equipes de trabalho pedagógico/escolar. Conviverá com os mesmos, deles fazendo parte em cada instante, será onde terá o conhecimento de cada nuance e dilemas enfrentados.
Por lidar com bastante diversidade a escola e os seus profissionais acaba por receber diversos impactos, sendo que destes, em sua maioria são negativos. Com estes ocasionando todo tipo de divergência, e convivência difícil. Basta citar sem, no entanto, se aprofundar no assunto, pois não é este o enfoque das nossas observações e analises, mas a observação das dificuldades dos orientadores educacionais frente aos dilemas ali vistos, os problemas de aprendizagens advindos de situações problema na vida de cada aluno.
Cada um dos alunos em processo de aprendizagem escolar, ou por situações pertinentes ao seu processo de educação familiar, ou por influência de suas comunidades acabam por enfrentar em algum momento algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Esta pode cessar ou não, dependendo dos fatores que geram a mesma. Por exemplo: um aluno que enfrente o processo de separação conjugal de seus pais, com certeza manifestará alguma situação problema dentro da escola.
Com o auxílio do orientador educacional este problema pode ser superado, no entanto, para algumas crianças pequenas este poderá ser um fator de complicação além do que conseguirá dirimir e suportar. Como nas duas últimas décadas estas separações se acentuaram significativamente, temos visto crescer também o número de crianças com atrasos e desinteresses escolar.
A família por ser a base de toda a sociedade, é também a base e modelo para qualquer criança ou jovem. Uma família que demonstre o interesse, a compreensão e correção com seus filhos, dificilmente os verá crescerem com acentuados problemas, demonstraram ser crianças e jovens com melhor visão da vida, com bom padrão de tratamento, tendo um comportamento mais calmo e centrado em objetivos mais sólidos, ao contrário de crianças que em qualquer momento de sua infância tenha vivido o processo de separação conjugal de seus progenitores.

Baseado em uma pesquisa bibliográfica com diversos autores, o trabalho visa esclarecer o envolvimento do professor na escola, não só com o aluno, mas com a família do mesmo, para ter uma base de sustentação da proposta pedagógica no seio familiar, onde além da instrução escolar, também os pais poderão auxiliar no desenvolvimento do filho na escola, através do simples acompanhamento, da atenção, e principalmente da boa vontade para com seu filho na apresentação de valores que levem ao crescimento da pessoa humana. Acesso em 20/11/2017 http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com.br/2016/04/relacao-entre-orientador-educacional-e.html

Com certeza os orientadores educacionais perceberão serem estes os problemas de pior resolução em sua atuação. Perceberão também serem estes os casos com mais integrantes. Os motivos são variados e não é o alvo desta presente pesquisa. Somente sendo necessário comentarmos sobre as formas como interferem no ensino escolar destes, para mostrarmos o quão é problemático e difícil de solução os casos de separação familiar.
Para o orientador educacional direcionar sua orientação em meio a estes complicadores terá de fazer um esquema bem elaborado de todas as faces deste mesmo problema, sem o qual incorrerá em dificuldades no final do processo de orientação. Terá conversar, inclusive com os responsáveis, pois tendo de tecer um mosaico amplo dos fatos em si, buscando todos os geradores de conflitos e tensão. Sem estes o processo de orientação não apresentará o quadro real, levando a entendimentos parciais, impossibilitando uma tomada de decisões de sua orientação educacional escolar. Terá de articular de forma elaborada esta orientação para a solução dos conflitos gerados.
O Bulling – O Bulling em si só já representa uma situação de risco, barril de pólvora próximo a propagadores de calor. Estes não queimam logo, do contrário inspirariam maiores cuidados, mas ao negligenciar que o calor excessivo pode acionar o acendimento desta pólvora, a pessoa se acomoda, quando percebe já não há mais tempo hábil para uma retomada dos cuidados não tomados. Assim é o Bulling. Normalmente uma criança/jovem, começa por dar apelidos, realçar uma característica física ou de personalidade. Quando não se nota estes eventos de forma antecipada, acabasse por cometer o mesmo erro do caso da pólvora. O calor dos eventos relacionados ao Bulling fará o seu estopim” se acender. Recente temos acompanhado notícias drásticas sobre tragédias envolvendo o Bulling, a mais recente em Goiânia, Goiás. Onde um jovem matou dois colegas de escola e feriu diversos outros.
A orientação educacional tem como amenizar e muito tais eventos. Podendo até mesmo a retirá-los do conviver escolar. Fácil? De forma alguma, no entanto, quando se percebe de forma antecipada, consegue-se agir em prol ações concretas com todos os envolvidos, tais casos passam a apresentarem poucos resquícios do que poderia se configurar em atitudes trágicas, envolvendo inclusive alunos que nada tenham a ver com tais eventos. Só para citar, as grandes tragédias norte-americanas, que envolveram ao longo das três últimas décadas, tanto alunos quanto professores e fez inúmeras vítimas, se configura em uma questão de, em sua maioria, questões que envolveram o Bulling.
A orientação educacional tem por finalidade direcionar, solucionar, criar aspectos que favoreçam o processo de ensino aprendizagem. É uma de suas prerrogativas o trabalho com os conflitos escolares de educandos, seus problemas escolares ou não, ou seja, procurar entender o que provoca o desânimo, direcionar e dirimir sobre os conflitos comportamentais destes alunos, direcionando-os para a aquisição de um conviver harmônico e harmonioso, não somente no ambiente escolar, mas até mesmo em suas vidas cotidianas, procurando dar ênfases claras de que a educação é transformadora de realidades, levando estes a criarem o desejo por vencerem os seus mais significativos obstáculos, dos quais o mais importante a ser superado são os de aprendizagem, que podem coloca-los perto ou longe de aquisições significativas de suas vidas.
A educação ainda é e será, transformadora de realidades. Sem este entendimento, nem professores nem orientadores educacionais conseguirão cumprir significativamente as suas funções. Estas funções estão ligadas diretamente a transformação social. Delas se espera muito. Mesmo com todas as dificuldades, a educação ao longo dos séculos vem mostrando sua capacidade de fazer com que pessoas mesmo sem perspectivas anteriormente, criem estas perspectivas, avancem e vençam os obstáculos da pobreza e do anonimato.
Desde que se criou a primeira escola e universidade, estas sociedades experimentaram um crescimento como nunca antes. Quando ainda nas sociedades baseadas no patriarcalismo, onde as mulheres não eram tidas como aptas ao aprendizado formal, onde somente uma pequena parcela tinha acesso ao estudo do conhecimento humano, sendo considerados sábios os que ali conseguiam adentrar, mas mesmo assim e com imensas dificuldades estas sociedades cresciam. Após a quebra destes imensos paradigmas da educação formal, com a universalização da educação, a humanidade experimentou um enorme crescimento e avanço tecnológicos.
Neste processo, ao longo dos últimos três séculos, foram se abrindo mais e mais as portas da educação para toda a população, os avanços em consonância, não se limitaram mais aos pátios de universidades, o conhecimento nunca antes esteve tão aberto para todos. E neste entendimento, cabe ressaltar a importância de todos os profissionais da escola, dos quais os orientadores educacionais, principalmente ao longo de todo o século XX, desde que inicia suas funções, ainda como orientação vocacional, mas que veio crescendo em importância e significância diante da sociedade e dos educandos por ela atendidos.
Hoje além de fatos ligados as aptidões vocacionais, sua linha norteadora, mas já não somente. Enfatiza o direcionamento, a solução dos conflitos escolares e de aprendizagem. Volta-se para a integralidade do educando ao sistema educacional de forma ao seu total aproveitamento no aprendizado. Tem hoje como uma de suas bases o auxílio e a proximidade com as sociedade e comunidades do entorno, cumprindo um papel de excelência social, quando consegue criar outros pontos de vista nestas comunidades.
Dentro da escola sua importância é logo observada nas escolas que não mantém em seus quadros funcionais estes profissionais. Logo vê-se e nota-se a ausência de um direcionamento adequado dos conflitos ali gerados. Quando da existência do orientador educacional, estes conflitos ou diminuem ou deixam de existir, pois sua base de atuação e ações são em virtude destes. Dentro de uma equipe multidisciplinar, é aquele que resgatará as virtudes, aptidões e o interesse dos educandos por seu ensino/aprendizagem.
O orientador educacional é aquele profissional que reuni as técnicas e teorias capazes de “juntar” em cada aluno as capacidades e direcioná-las, mesmo que de forma momentânea este passe por um processo de falta de auto afirmação e demonstre incapacidades de aprendizagens ou dificuldades neste processo em si. Ao colocar na pauta de discussões, às saídas viáveis, em patamares ideais, frisar condições necessárias em relação as dificuldades enfrentadas, municia cada um de ferramentas capazes de leva-los a superação de seus dilemas e ou dificuldades.
Dentro do espaço institucional da escola, as direções propostas, quando fixadas em parâmetros visíveis para estes educandos, em muitos casos, ao ser visualizado mostra o quão simples é a sua real superação. Quando um aluno que passe por uma situação de Bulling por causa de algum apelido, estes fatos acabarem influenciando negativamente sua aprendizagem. Ao ser orientado reconheça que tudo aquilo é pouco para afetar todo o seu aproveitamento escolar, ele mesmo tecerá estratégias para a sua superação. Claro, na maior parte dos casos não há esta simplicidade. Mas, de uma forma geral, quando é encontrado a solução, para a maioria, reconhecesse que tais problemas não justificam a inviabilização escolar.
O orientador educacional escolar atua exatamente dentro destas problemáticas causadas por distúrbios gerados, procura a compreensão do todo, o envolvimento destes com os fatores geradores, suas prováveis soluções e saídas, usará ferramentas teóricas com as quais possa ter o devido embasamento para a sua prática. Tendo uma visão sistêmica e holística, onde entenda todas as possibilidades no sistema para cada caso, suas saídas disponíveis e consequente solução. Por outro lado e fora do espaço educacional, construirá um quadro amplo das situações que envolvam estes educandos e gerem estas dificuldades de aprendizagem.
O grande problema da atualidade escolar é a indisciplina. Esta situação de nossos jovens se manifesta já nas famílias, se estende as escolas e pode causar danos sérios aos educandos. A aprendizagem escolar tem sofrido os impactos provenientes da indisciplina e violência infanto/juvenil. Esta violência gera grandes defasagens na aprendizagem de crianças e jovens. Estas defasagens trazem sérias consequências. São por causa do envolvimento destes jovens com a criminalidade, seja por conta das muitas paralizações forçadas pela criminalidade gerando déficits de conteúdo ao longo dos estudos e do ano letivo.
Dentro destes espectros todos, o orientador educacional precisará de muita articulação para levar um entendimento capaz de amainar as condições desfavoráveis destas escolas. Sempre buscando o entendimento do seu entorno, não somente das condições escolares. Para assim entender todos os pormenores que envolvam estes alunos e as condições em que vivam e de que forma a escola funciona. O entendimento de todas as condições a que estes alunos estejam submetidos, precisa de muita atenção, sem as quais o orientador poderá não ter em seu campo de visão, as condições reais das suas dificuldades e defasagens no aprendizado.
Hoje existem nas atividades docentes muitos transtornos e dificuldades de aprendizagem, das quais, um número bastante significativo, advém de atitudes inconvenientes que acabam por prejudicar o aprendizado, destes o desinteresse é com certeza o mais sério e danoso para estes estudantes em fase escolar de alfabetização (entendendo aqui as orientações do MEC – Ministério da Educação), que consideram a alfabetização como um ciclo de três anos, iniciados no primeiro ano e tendo fim no terceiro ano.
A falta de interesse ocasiona um comportamento inadequado, sem atenção, desfocado, muitas vezes sem o interesse de estar na sala de aula. Desta forma a criança conversa, brinca, corre e sua atenção dificilmente será para as aulas dadas, o que a leva a não entender as explicações dadas por seu educador, consequentemente, não assimila os conteúdos dados.
Há uma grande discussão em torno das aulas sem atratividade, sem materiais pedagógicos apropriados, com quadros negros ainda. Mas, cabe ressaltar o fato de que em determinados lugares repletos de dificuldades, usa-se somente um quadro negro e giz. Como o fato de uma professora do interior do Estado do Rio de Janeiro, que ao se ver com sua sala de aula destruída por uma enchente, levou seus alunos para baixo de uma árvore na Praça da Cidade. Estes alunos conseguiram aprender e fazer pequenos textos e continhas simples. Claro a professora era muito engajada com seus educandos e estes abraçaram os ensinamentos desta. Quando há foco e interesse o aprendizado é facilitado, podendo acontecer de forma efetiva em cada aluno e na fase certa.
O orientador educacional precisa ver este ponto crucial das salas de aula, o relacionamento professor/aluno é de suma importância, como no caso da professora que ensinou na Praça, isto só se torna possível quando há uma confiança, que vem através de um relacionamento de respeito e confiança. Esta é uma das construções mais vitais ao orientador educacional, sem a qual nenhum profissional da educação conseguirá êxito no que faça.
Para a orientação educacional e o orientador, esta confiança é a sua ferramenta básica, com a qual terá de lançar mão para a conclusão de suas ações. Precisará de inspirar este sentido em cada um dos envolvidos, para a partir deste momento, construir os trilhos capazes de avançar sobre os obstáculos mais sinuosos e difíceis da sua atividade de orientação.
Estes trilhos precisam de credibilidade e confianças, sem os quais não terá o envolvimento dos seus educandos no processo de orientação, poderá até ver estes fazerem algumas mudanças, mas nunca com a consistência e envolvimento real. Para que este envolvimento se de forma completa, tendo a credibilidade do participante, acreditando e envolvido que esteja, passe a fazer das orientações seu sustentáculo para a superação de suas dificuldades e ou dilemas, cabe ressaltar que estes casos citados, são de alunos sem transtornos ou síndromes, para estes o tratamento adequado com psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos se faz necessário, portanto, além da sua orientação, deverá buscar o envolvimento de uma equipe multidisciplinar no caso. Assim sendo, terá a possibilidade de amenizar ou resolver tais dilemas, por exemplo: uma criança ou jovem com dislexia, somente obterá os resultados esperados ao ter seu caso aos cuidados desta equipe multidisciplinar.
Estas são as grandes dificuldades que a orientação e os orientadores enfrentam em sua pratica diária. Preciso será para o sucesso da atividade de orientação educacional a busca de condições e ações adequadas a esta importante intervenção escolar, a orientação de jovens com dificuldades escolares, sejam estas dificuldades quais forem, estes alunos conclamam juntos por socorro, de onde as escolas precisam em sua atividade socializadora, de métodos e práticas com as quais possam intervir, solucionar e auxiliar cada um dos casos a ela confiados.
      
Considerações Finais

As dificuldades educacionais que percebemos e vemos no contexto das escolas públicas brasileiras são elevadíssimos. Estas dificuldades são no âmbito social, familiar e consequentemente educacional. A aquisição da escolarização no Brasil, ainda é muito difícil. Ainda temos de conviver, em ordem: com baixíssimos salários, má formação acadêmica, quando esta existe, desagregação sócio/familiar muito grande, violência, além de uma falta de liberdade curricular capaz de inserir nos currículos escolares conteúdos com capacidade de entendimento de forma ampla, associativa e contempladora da realidade vivida, sem as quais o foco para o ensino sempre será menor do que o necessário. Para cada orientador educacional em atuação escolar, está lhe será um desafio, sendo por ele necessário o entender o entorno, as nuances de caso atendido, hipóteses que levaram este ou estes alunos a enfrentarem estas condições, quais as condições de convivência escolar que enfrente. Assim sua com preensão e atuação conseguirão se embasarem em aspectos legítimos para o pensamento de cada educando. 
  
Referências Bibliográficas

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FLACH, Loraine. A Importância do Orientador Educacional no Contexto Escolar. Apud CONCEIÇÃO, Lilian Feingold. Coordenação Pedagógica: Princípios e ações em formação de professores e formação do estudante. Porto Alegre: Mediação, 2010.
Disponível em: http://centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com.br/2016/04/relacao-entre-orientador-educacional-e.html. Acesso em 20/11/2017. Às 17:04h
PEREIRA. Elza Carneiro. Atuação do Orientador Educacional Junto aos Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Universidade Candido Mendes. Disponível em: http://www.avm.edu.br/monopdf/4/ELZA%20CARNEIRO%20PEREIRA.pdf. Acesso em: 05/11/2017 às 15:32h
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